Conforme preconizado na Constituição Federal, os cidadãos têm o direito de ir e vir. Entretanto, contrariando essa garantia fundamental, a mobilidade urbana brasileira está cada vez mais precária. Desse modo, as falhas, no que tange à qualidade do serviço oferecido, estão prejudicando a população e tornando-as mais insatisfeitas com o poder público. Sendo certo que, se faz necessário um melhor planejamento por parte dos gestores municipais. É notório que com a ineficiência dos transportes públicos, muitos indivíduos acabam recorrendo aos veículos próprios, já que não querem se submeter aos coletivos superlotados. Porém, essa atitude gera aumento no trânsito, tornando-o caótico e lento. Além disso, o aumento do transporte agrava a poluição do ar, tendo em vista que eles emitem gases tóxicos que prejudicam o meio ambiente. Nesse sentido, na cidade de São Paulo, por exemplo, a administração pública criou um sistema de rodízio de veículos, a fim de amenizar tal situação, mas ainda assim essa medida não é suficiente. Outra questão crítica da mobilidade urbana é o problema do acesso ao meio de transporte, uma vez que estão superlotados e muitos não alcançam todas as regiões das cidades. Quanto aos coletivos lotados, além de serem desconfortáveis e incômodos eles prejudicam aqueles que possuem dificuldade de locomoção, provocando segregação e até acidentes. E, em relação à ausência de transportes em certas regiões, tal situação afeta os indivíduos na medida em que, eles acabam gastando mais tempo e dinheiro para se deslocarem da sua casa, até o destino final. À exemplo disso, tem-se a cidade do Rio de Janeiro que só possui três linhas de metrô, que não atendem todos os bairros. Fica evidente, portanto, que a insuficiência da mobilidade urbana lesa a população em diversos níveis. Por isso, cabe ao Governo Municipal investir mais verbas na manutenção dos transportes coletivos, tornando-os mais confortáveis e acessíveis à todos. Outra medida seria investir em projetos de ampliação da malha metroviária, criando mais linhas de metrô em todas as regiões das cidades, para que alcance o maior número de pessoas. Ademais, fica a sociedade encarregada de cobrar dos gestores, melhorias nos serviços de transporte e a cobrança justa das taxas, a fim de fazer jus ao direito concedido pela Constituição.