O processo de urbanização no Brasil não ocorreu de forma planejada.Em busca de ouro e drogas-do-sertão,os bandeirantes saíam em expedições de desbravamento pelo país, quando encontravam pedras preciosas, eles se instalavam no local, onde construíam vilas, muitas vezes, sem nenhum planejamento.Com o passar do tempo, as vilas foram aumentando e transformaram-se em cidades,entretanto, a falta de planejamento não cessou.Tal fato impôs,e ainda impõe,dificuldades ao desenvolvimento ordenado das cidades,gerando os problemas decorrentes da dificuldade de locomoção entre os espaços urbanos. Primeiramente, é válido apontar a decadente infraestrutura das vias urbanas brasileiras como limitadora da mobilidade urbana no país.Isso acontece em decorrência da péssima qualidade das ruas e avenidas brasileiras, que apresentam uma estrutura física comprometida, o que implica na necessidade de redução da velocidade em trechos cuja movimentação é elevada.Ademais, a falta de ciclovias em localizações estratégicas, adequadas como alternativa para o uso de transportes automotivos, resulta no engessamento da fluidez urbana, ao não possibilitar a diminuição no número de automóveis em uso. Visando resolver esse problema,várias ações já foram tomadas em algumas cidades brasileiras,principalmente naquelas que sediaram a Copa do Mundo e as Olímpiadas,como a construção de pistas para BRTs (ônibus de rápido transporte) e a ampliação das redes metroviárias.Contudo, ainda há muito a se evoluir, em especial no que tange a acessibilidade dos deficientes físicos e idosos, que além de suas barreiras físicas impostas pela natureza,ainda sofrem com as barreiras urbanas estruturais existentes, como calçadas desniveladas, escassez de rampas de acesso, entre outras. Portanto, medidas são necessárias para se resolver esse impasse. Nesse sentido, a fim de garantir o direito de ir e vir do cidadão, previsto na constituição de 1988,deve o governo investir na construção de rampas de acesso em todos os locais públicos,assim como no nivelamentos das calçadas em geral. Ademais, cabe ao governo,também, a ampliação do sistema de rodízio de placas, já praticado em algumas cidades, como São Paulo, além de direcionar mais verbas á construção de ciclovias, a fim de diminuir a ocorrência de engarrafamentos.Agindo assim, o estado estará proporcionando um acesso mais democrático aos espaços urbanos, resultando em um deslocamento mais agradável ao cidadão.