Título da redação:

A precariedade na mobilidade urbana

Proposta: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 19/08/2017

A rápida urbanização brasileira, iniciada na década de 50, incentivou a aquisição de transportes que somado ao desenfreado crescimento populacional, teve como consequência a falta de planejamento relacionado a mobilidade urbana, fazendo com que a sociedade ainda tenha que lidar com um sistema precário de locomoção. A crescente utilização de veículos individuais parte do ideal de conforto e eficácia que não é proporcionado por ônibus ou metrôs, o que ironicamente acarreta em desvantagens, já que a ideia generalizada de comodidade e consequentemente a alta obtenção de carros e motos geram a ausência de espaço nas ruas, engarrafamentos, lentidão no trânsito e até mesmo problemas de saúde devido a poluição, correspondente ao excesso de CO2 liberado na queima dos combustíveis. Com isso, a questão da mobilidade não possui como único objetivo o deslocamento das pessoas, mas também como todos os automóveis se "encaixarão" no espaço urbano, sem procurarmos meios alternativos de locomoção. O pensamento de rejeição pelo uso do transporte coletivo é justificável quando a sociedade se depara com uma rede precária de condução que utiliza-se de um serviço lento, com pouca frota em circulação e abarrotada de passageiros, bem como um serviço de espera nada convencional, como pontos de ônibus e terminais sem assentos ou proteção contra chuvas e temperaturas extremas. É preciso que, por meio das prefeituras municipais e da fiscalização do Governo haja investimentos no transporte coletivo urbano, com o aumento da frota, infraestrutura nos terminais e pontos de espera, além da construção de faixas exclusivas para ônibus e bicicletas, que se extendam até os extremos das cidades. Aplicando tais medidas, os cidadãos terão como primeira opção esses meios de condução e poderão usufruir de uma eficiência que teoricamente apenas os veículos particulares conseguem proporcionar.