Título da redação:

A integração na rede de transportes para o declínio da crise.

Proposta: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 12/09/2016

Atualmente, um dos principais desafios das metrópoles mundiais é a mobilidade urbana. No Brasil, a sobrecarga nos meios de transporte motorizados e poluentes deram origem à crise da mobilidade urbana. A falta desta tem um impacto direto sobre a saúde e a qualidade de vida das pessoas, sendo necessário ampliar as formas de pensar e agir do cidadão, buscando garantir um modelo sustentável. No Brasil, foram propostos diversos projetos, através dos quais as cidades serão dotadas de novos meios de transportes nos próximos anos: ônibus rápidos que funcionam como metrôs, bondes modernos, trens suspensos, ampliação de rodovias, ferrovias, hidrovias, investimentos em motores menos poluentes, ciclovias e ciclofaixas. A cada ano, mais pessoas e entidades aderem ao Dia Mundia Sem Carro (DMSC), iniciativa que começou na França em 1997.Consiste em uma ação que tem como ideia principal sensibilizar e mobilizar a população em torno das diversas questões relacionadas à mobilidade urbana. No caso brasileiro, chamar a atenção para as enormes obstáculos que as pessoas enfrentam para se deslocar nas grandes e médias cidades é improrrogável. As bicicletas são sem dúvida grande aliadas da mobilidade urbana e da saúde e bem- estar da população, já que a implantação das ciclofaixas é um projeto viável e rápido nos dias atuais, em razão de que usaria a própria estrutura das ruas e avenidas, através de faixas pintadas no chão, tendo no máximo "olhos de gato" ou " tartarugas" indicando a separação. Tal estrutura é mais praticável que as ciclovias por serem menos custosas; entretanto ambas são exemplos de alternativas viáveis para sanar a falta de mobilidade urbana, mas, a ausência de conscientização a cerca da sustentabilidade aliada ao imaginário capitalista do automóvel como símbolo de status atrasam os avanços do país em relação a mobilidade sustentável Somente a requalificação dos transportes no Brasil poderá reduzir o ronco dos motores e permitir que as ruas voltem a ser " vias" de passagem e convivência. Para isso é preciso repensar as prioridades para a mobilidade urbana, criando politicas orientadas no conforto, rapidez e baixo custo, como um sistema viário adequado para bicicletas e, por conseguinte, a criação de campanhas de incentivo ao seu uso e as demais alternativas de transporte sustentável . Tais medidas, inquestionavelmente, trarão mais cidadãos para fora de seus carros, desafogando o trânsito com transportes menos poluentes, como paradigma tem-se o sistema de bicicletas públicas, como o implantado em Copenhage, Paris, Bogotá e várias outras cidades mundiais, mostrando à população as ciclovias e ciclofaixas como fatores de mobilidade urbana e exemplos de sustentabilidade e saúde. É vital a presença do Estado, representando o interesse público, incentivando a criação de um sistema que integre toda a rede de transporte, além de melhorar e ampliar a infraestrutura existente, criar redes de transporte alternativas, desenvolver um Plano Diretor que encoraje a heterogeneidade de usos em uma mesma área e promover a educação dos habitantes, posto que é muito importante que a população também assuma a sua responsabilidade, principiando de uma transformação comportamental, renunciando ao uso do automóvel e priorizando alternativas coletivas ou sustentáveis.