O poema do modernista Carlos Drummond de Andrade, "'STOP!' A vida parou ou foi o automóvel?" retrata a importância dos carros e motos no cotidiano das pessoa. No entanto, o individualismo e o governo atuam aumentando a crise da mobilidade urbana, que dificulta e piora a qualidade de vida dos motoristas nos grandes centros urbanos, parando suas vidas nos congestionamentos. Em primeiro plano, de acordo com Washington Luiz, "governar é construir estradas". Nesse sentido, com o crescimento incontrolável das cidades, o poder público fomenta a construção de ruas, avenidas e rodovias sem planejamento, com o intuito de promover o uso dos veículos particulares. Assim, transportes coletivos como ônibus metrôs, não ganham investimento para expansão ou manutenção das vias atuais, configurando o quadro de insatisfação da população, como mostra a pesquisa do site "Exame Abril" segundo o qual 83% dos entrevistadas deixariam de utilizar o automóvel particular caso houvesse alternativas de transporte coletivo de qualidade. Ademais, a modernidade líquida, tese científica explicada por Zygmunt Bauman, mostra o individualismo exacerbado das pessoas do mundo contemporâneo. Em suma, a liquidez nos relacionamentos que ocorre geralmente entre os jovens imersos nas novas tecnologias e redes sociais, desenvolve um pensamento individualista em detrimento do coletivo e que pode ser observado pelo alto número de veículo automotores nas grandes e pequenas cidades. Consequentemente, com a grande frota de carros aumenta-se o número de congestionamentos, sendo desafios aos brasileiros que moram majoritariamente nas metrópoles e o excesso de veículo é comprovado pela pesquisa da Confederação Nacional de Transportes realizada em 2017, em que há aproximadamente 1 carro para cada 4 pessoas. Ficam claros, portanto, os empecilhos a respeito da mobilidade urbana no Brasil. Dessarte, a escola e a família devem incentivas as novas gerações a compartilharem os veículos. Nesse contexto, as escola devem realizar pesquisas analisando o local que os alunos moram e motivando os pais dos discentes que moram próximos compartilharem o carro, utilizando 1 em vez de 2 carros para levar as crianças e para que essas relatem essa experiência aos colegas de sala a fim de diminuir o número de automóveis na ruas e fomentar o espírito coletivo, melhorando a mobilidade urbana.