Título da redação:

A crise na mobilidade e suas raízes históricas

Tema de redação: A crescente crise da mobilidade urbana brasileira

Redação enviada em 06/10/2017

Sem dúvidas, a presença da indústria automobilística no Brasil sempre foi influente no processo de urbanização nacional, impôs uma mudança geral nos hábitos sociais e o resultado disso foi uma explosão no consumo de automóveis particulares. Fato, que aplicado num contexto das grandes cidades, gerou uma verdadeira crise de mobilidade urbana. "Governar é construir estradas", já dizia Washington Luiz em meados de 1920. O modelo rodoviário de transporte do Brasil possui décadas de idade, foi amplamente impulsionado durante os anos dourados do país, quando Juscelino Kubitschek, através de seu nacionalismo desenvolvimentista, atribuiu incentivos fiscais e projetou estradas para atrair grandes montadoras. De fato, o setor automobilístico foi atraído e se desenvolveu muito bem no Brasil, que é hoje o oitavo maior produtor de veículos do mundo (OICA). Relacionando essa explosão de vendas com a forte publicidade e as facilitações de pagamento (parcelamento, empréstimos, etc.), os automóveis se disponibilizaram para a população de classes menos favorecidas, tornando-os populares. Tão populares que os engarrafamentos são rotineiros nas metrópoles do país, o "boom" (não planejado) do consumo de automóveis, literalmente, travou o trânsito. Nesse contexto, surge a necessidade de alternativas ao transporte individual. De modo geral, as grandes cidades brasileiras possuem metrô, ônibus ou outros meios de transporte público. Mas de maneira alguma são os seus pontos fortes. Deste modo, cabe ao poder público investir mais recursos para a qualidade desses serviços. Outro modo de conter a crise da mobilidade urbana é incentivando a o uso de transportes sustentáveis como a bicicleta, que pode ser feito com a criação de ciclovias e ações de conscientização.