Observa-se nos filmes de "Hollywood", cidades americanas com ótima infraestrutura e logística no trânsito, além de uma boa qualidade dos transportes públicos. Tal cenário não é natural do Brasil, que possui inúmeros problemas de mobilidade humana, sendo que o Estado não toma qualquer atitude para reverter a situação. Diante do tema, faz-se necessário a análise das causas e consequências dessa crescente problemática brasileira. Mormente, são inúmeros os casos de reclamações para com a qualidade dos serviços oferecidos por empresas de transporte público, como também, os preços das passagens. Assim, acredita-se que parte do problema da mobilidade urbana origina-se na insatisfação dos usuários para com as concessionárias de ônibus - veículos antigos, linhas desorganizadas, passagens caras - preferindo-se a autonomia, na compra de um carro próprio. Ademais, a cultura de ostentação faz com que a utilização do transporte público seja visto como algo não descolado ou referente a pessoas de baixa renda, contribuindo para a super lotação nas ruas e os congestionamentos em determinados horários. Em segunda análise, conforme a filósofa Hannah Arendt, em "A Banalidade do Mal": o pior mal é aquele entendido como corriqueiro, ínfimo. Analogamente, as consequências da crise no trânsito estão na violência verbal, física e simbólica, na qual é vista como algo do dia a dia de todo brasileiro. Essas atitudes podem chegar a casos extremos e fatais pela intolerância nos crescentes congestionamentos nas grandes metrópoles, por sua vez, essas são as consequências de cidades com vias mal estruturadas, falta de educação no trânsito, além de má qualidade dos transportes em massa.      Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que o Estado mude tal conjuntura, o Poder Legislativo deve criar uma PEC (Proposta de Emenda Constitucional) aumentando a pena dos casos de violência no trânsito, a fim de se evitar situações extremas e fatais. Tal ação pode ser reforçada com a diminuição  de iniciativas que promovam a compra de carros, por meio do aumento dos juros dos financiamentos nos bancos para os automóveis, induzindo a utilização do meio de transporte público. Desse modo, a crise da mobilidade urbana pode começar a não ser um problema tão recorrente no Brasil, em busca de um ideal dos filmes.