Durante o governo de Juscelino Kubitschek, o Brasil recebeu incentivos para a expansão do modal rodoviário e isso culminou em uma valorização do deslocamento por caminhões, carros e motos. No mundo contemporâneo, a crise da mobilidade urbana se dá pela difícil locomoção das pessoas pelas cidades, principalmente em grandes centros urbanos. Sob tal ótica, o aumento do uso de transportes individuais em detrimento aos transportes públicos, se deve a superlotação e má qualidade destes, bem como a fatores culturais que levam os indivíduos a adquirirem veículos próprios. Em primeiro lugar, é notório como a preferência por locomoções mais rápidas-ou seja, as particulares- resultam em dificuldades coletivas. Ademais, o trânsito gerado pela enorme aglomeração de veículos é um dos efeitos que contribuem para mal locomobilidade nas cidades, assim como a situação caótica, na qual encontram-se os meios públicos de condução, sobrecarregado de pessoas e com um baixo custo-benefício. Dessa maneira, a crise da mobilidade urbana gera insatisfação sobre a população que opta pela utilização dos transportes coletivos, como é o exemplos das “Manifestações de Junho”, ocorridas em 2013, devido ao aumento da passagem de ônibus em São Paulo. Outrossim, é a questão do consumo de veículos em virtude de uma cultura de que este transporte trará “status” perante a sociedade. Além disso, o fato de estar-se em uma era industrializada, é inevitável que o ser humano seja, de certa forma, influenciado a possuir objetos como o “carro do ano”. Desse modo, antepor-se à cultura do consumismo, sem ponderar a demanda de locomover-se rapidamente, entra em concordância com o sociólogo Karl Marx: o sistema capitalista prioriza os lucros em detrimento dos valores. Destarte, é preciso que seja dada a devida importância a crescente crise da mobilidade urbanas nas grandes cidades. Portanto, para que o tráfego de transportes individuais seja diminuído e a população comece a usar os transportes públicos, urge que o Ministério dos Transportes em parceria com o Poder Municipal, invista no melhoramento dos veículos, por meio da implementação de novas frotas de ônibus garantindo conforto aos usuários. Ainda assim, para que os cidadãos não sejam manipulados pela cultura consumista, é necessário que o Ministério da Educação incentive palestras nas escolas sobre o consumo consciente, bem como estimule o uso dos meios de locomoção públicos.