É fato notório que as sociedades brasileira e mundial sofrem desigualdades sociais – que são imprescindíveis para a existência do atual sistema capitalista. No entanto, apesar da vigente democracia, o mundo foi tornando-se hostil; a violência urbana cresceu vertiginosamente e os meios de comunicação e lazer, em virtude da ascensão tecnológica, culminaram na chamada “camarotização” ou segregação das classes sociais. Esse termo referido acima demonstra algo que já vem acontecendo, mas que se torna evidente hoje. A partir da Revolução Industrial, a vida urbana entrou em profundo desenvolvimento e, paralelamente a isso, o homem tornou-se, cada vez mais, capaz de transformar o meio em que vivia e surgiram acentuadas disparidades econômicas e sociais: os empresários, donos das fábricas e o trabalhador, pobre. Ao mesmo tempo, com a acentuada criminalidade nas cidades e as discrepâncias sociais, os ricos tentaram ao máximo protegerem-se e isso levou à segregação social. Como podemos ver, por exemplo, nos estádios de futebol, onde se tem de um lado privilegiado, os ricos e, do outro, os pobres. Além disso, algo mais agravante é o que acontece em relação aos serviços públicos, em que só são usufruídos pelos desvalidos, enquanto os mais abastados detêm do uso de particulares cuja qualidade é garantida. Contudo, à vista do que foi exposto anteriormente, torna-se vital a colaboração das escolas e ONGs, a fim de proporcionarem às novas gerações, conhecimento sobre a paradoxal democracia vigente e as consequências de atitudes segregacionistas, através de palestras e campanhas educativas. Outrossim, o apoio governamental é fundamental para a introdução de políticas inovadoras para o combate à violência e à desigualdade social.