Título da redação:

Escravos tecnológicos.

Tema de redação: A “Camarotização” da sociedade brasileira: a segregação das classes sociais e a democracia

Redação enviada em 22/08/2018

A nomofobia é o medo que o indivíduo tem de ficar sem seu celular, criando, dessa forma, uma dependência do aparelho. Nesse sentido, a nomofobia é um dilema contemporâneo, visto que vem construindo uma nova relação de dominador e dominado. Além disso, essa relação apresenta efeitos a saúde, sobretudo a mental, do indivíduo; logo se deve refletir o como enfrentar essa questão no Brasil. Em primeiro lugar, a dependência dos celulares vem dominando os que outrora foram os dominadores (relação homem-tecnologia). Exemplo disso, segundo pesquisa do site BemMaisSeguro, 57% das pessoas preferiam não se alimentarem por 24 horas a ficar sem seus celulares. Ademais, de acordo com o levantamento da revista "Time" e pela Qualcomm, dos 5 mil entrevistados 79% falaram não se sentirem bem sem o aparelho. No Brasil, 35% dos indivíduos afirmaram usar o celular a cada 10 minutos. Nesse contexto, constata-se a criação de um elo "Sr. Celular" e humano. Por conseguinte, esse elo vem causando efeitos à saúde mental das pessoas. Para Anna Spear King, especialis- ta em saúde mental, a nomofobia surge associada aos transtornos de ansiedade. Na pesquisa feita por ela, 34% dos participantes sem problemas psicológicos afirmaram ter elevado grau de ansiedade longe do telefone. Acerca disso, precisa-se enfrentar esse dilema, porquanto 1 em 5 pessoas ao passar por crise de abstinência, conforme o BemMaisSeguro, apresentam sintomas, como: angústia, coceira e sentimento de isolamento. Fica evidente, portanto, que medidas devem ser tomadas para enfrentar esse dilema no Brasil. Por isso, o MEC e o Ministério da Saúde deverão realizar palestras com especialistas em nomofobia e saúde mental nas escolas. Com intuito de, com isso, informar jovens e crianças sobre essa fobia e seus efeitos, tendo em vista que ambos são os maiores usuários do aparelho. Dessa maneira, a nomofobia deixará de ser um dilema brasileiro, quebrando, assim, esse elo de dependência.