Na cultura indígena, os povos sacrificavam às crianças com alguma deficiência, pois viam esse fato como uma maldição. Atualmente essa visão foi alterada e não há mais sacrifícios. Porém, mesmo com os avanços nos direitos desses cidadãos, ainda há muitos desafios a serem superados, principalmente na área educacional voltada para os surdos, pautados no preconceito e exclusão, como também na negligência governamental. Em primeira análise vale pontuar a passividade governamental perante a formação educacional dos surdos como um grande desafio. Caso esse amplamente percebido, devido aos ínfimos investimentos em estrutura física para a educação de surdos, como também para a especialização e capacitação dos profissionais para o ensino e contado direto com eles. Consonantemente, vão de encontro aos direitos constitucionais conquistados, que prevê uma educação de qualidade em todos os níveis de aprendizado aos deficientes auditivos, que encontram poucas escolas com um preparo bilíngue - uso de libras - extremamente essencial para sua devida inclusão no sistema de ensino brasileiro. Em segunda análise o preconceito enraizado na sociedade se dá como um outro ponto que dificulta a plena formação educacional de pessoas surdas. Esse não é algo recente: na Grécia Antiga eles deixavam os deficientes em determinados lugares para morrerem, como também, no Império Romano aqueles que detinham de deficiências eram sentenciados à morte. O preconceito dessa forma, vem sendo enraizado periodicamente na sociedade vigente, contribuindo inteiramente para o impedimento da inclusão escolar e empregatícia, pois aqueles que possuem deficiência auditiva são vistos com "maus olhos" e considerados inúteis no meio em que vivem. Nessa perspectiva, evidencia-se a existência de amplos entraves para a formação educacional dos surdos. Sendo assim, cabe ao Ministério da Educação investir na ampliação de projetos - como o ENEM 2017 que esteve disponível na versão digitar em libras - de inclusão, levando plataformas digitais em libras para o ambiente escolar, possibilitando assim a devida instrução educacional. De igual forma, o Governo Federal em parceria com empresas privadas, disponibilizar oportunidades de emprego especialmente para os surdos, incentivando a inclusão social no mercado de trabalho dos mesmos. Como também, a mídia realizar campanhas nos meios de comunicação, corroborando a importância da aceitação dos surdos em vários âmbitos sociais, para que assim, entraves sejam solucionados e a ideia primitiva da cultura indígena seja abolida totalmente da sociedade atual.