A discrepância entre classes sociais sempre foi um problema presente no Brasil. Há, desde a colonização portuguesa, uma segregação que busca favorecer os que possuem melhores condições econômicas. Essa divergência é resultado do modo de produção em vigor, o capitalismo, que influenciou não apenas o Brasil, mas todo o mundo, fazendo com que, no geral, todas as relações em nível social sejam determinadas pela renda. Há, no território brasileiro, uma quantidade cada vez maior de espaços excludentes em que se paga mais para que haja a restrição às classes inferiores. Mesmo os espaços que deveriam ser públicos estão inseridos na problemática: praças e parques, assegurados pela Constituição brasileira, que obrigatoriamente deve oferecer lazer aos cidadãos, não favorecem a classe miserável, que ainda é parcela significativa da população. As minorias sociais acabam sendo facilmente excluídas e as políticas que garantem a democracia acabam funcionando como um efeito placebo à falta de igualdade social. A "camarotização", decorrente do enorme abismo entre ricos e pobres, é cada vez mais vista. Desde 2013, jovens integrantes da classe média baixa criaram um movimento que ficou conhecido como "rolêzinho". Trata-se de encontros em shopping centers sem fins de consumo. O movimento foi banido em algumas cidades e causou polêmica em todo o país. O preconceito gerado mostrou o quão restritos estes espaços privados são em relação às classes mais baixas e como a imagem da marginalidade é facilmente ligada a pobreza. Deve haver, primeiramente, uma revisão legislativa, para que, assim, as minorias sejam enquadradas verdadeiramente. Os problemas sociais, nos quais o pior ainda é o acesso à educação, deve ser solucionado, com o investimento na formação de professores bem qualificados e na inserção de matérias reflexivas que visem ao fim do preconceito. Deve haver, também, programas sociais que busquem integrar o privado ao particular, objetivando o fim dos rótulos sociais.