Título da redação:

Conhecimento: o melhor limitador da ofensa.

Tema de redação: A “Camarotização” da sociedade brasileira: a segregação das classes sociais e a democracia

Redação enviada em 25/10/2017

Humor: a máquina de vender intolerância e preconceito, dizia título de reportagem da revista Carta Capital, essa revela a existência de dois tipos de comédia: o que diverte sem mal algum e o que gera risadas em cima de ofensas e opressão de algumas pessoas ou grupos e, assim, degrada o nome desse lazer que é a comedia. Para que tal imagem seja revertida é imprescindível que haja limites para o humor, contanto que, esse seja imposto pela conscientização do próprio humorista e de seu público. Tal humor humilhante atua na sociedade de modo a concretizar preconceitos e oprimir grupos que por ele são escarnecidos, ao ponto desses conjunto de pessoas oprimidas não se ofenderem mais com as piadas e tomarem-nas como verdade. Um exemplo disso são as piadas que inferiorizam o sexo feminino, por mais que humilhem as mulheres, uma grande maioria desse gênero acha graça e, muitas vezes, até compartilham-nas com outras pessoas, ou seja, apoiam a própria humilhação. Por isso, há a necessidade de impôr limites a esse ramo de lazer. Contudo, a Constituição Federal brasileira preconiza como direito fundamental a liberdade de expressão a todos, sem distinção quaisquer. Ou seja, a crianção de um agente limitador do humor seria semelhante a censura e, com isso, infringiria a Lei Suprema do Brasil. Não obstante, a divisão entre os tipos de comedia deve ser feita pelos próprios comediantes, para isso, esses devem ser orientados sobre as diversidades sociais e o quão ruim é a hostilidade escondida no humor para os grupos oprimidos. De tal forma, também, toda a população deve ser ensinada, pois se o comediante não souber impor limites ao seu show, seu público impô-lo-á com críticas e perda de plateia. Em vista do que foi abordado é indubitável a necessidade de uma reeducação do povo brasileiro. Para tal fim, o Ministério da Educação, juntamente com pedagogos, devem elaborar um projeto que inclua à grade curricular do ensino fundamental ao médio a matéria sobre diversidade social, abrangendo a maior quantidade possível de grupos sociais heterogêneos. Além disso, devem compor, de mesma forma, um programa televisivo para ser exibido em canais abertos, os quais mostrarão o cotidiano dos grupos oprimidos, ampliando a conscientização do público. Tudo isso com intuito de impactar maior número de pessoas e de diferentes idades, para, assim, fidelizar um limite de humor sem ferir a Carta Magna do país.