A camarotização não é um fenômeno recente.Com o avanço da publicidade e propaganda no século XXI disseminou-se o processo de camarotização, o qual teve ponto de partida nos Estados Unidos, onde ir aos estádios para assistir jogos de diversos esportes;tornou-se apenas uma das variedades para ir aos estádios. Há, na sociedade atual, política de diversos clubes de futebol, os quais estão conectados com seus torcedores; garantindo a eles, pacotes promocionais de ingressos, a possibilidade de estar mais próximos de seus ídolos,e claro, a de estar em setores privilegiados e vip's, pois essa é a essência do processo camarotização. Este fenômeno ficou popularmente conhecido na sociedade norte-americana,todavia, acabou-se irradiando para os chamados países subdesenvolvidos,em especial o Brasil, onde a economia com eventos como Copa do Mundo mostrou de maneira clara e objetiva a presença do processo de camarotização. Com base nisso, gerou-se um consequência desse processo, que é a segregação social,que esteve presente e ainda perpetua na sociedade desde o regime segregacionista do século XVII denominado Apartheid,onde brancos e negros realizavam suas tarefas separados. Além disso, com os movimentos denominados Rolezinhos onde indivíduos de classes não elitizadas começaram a frequentar shopping centers, gerou certo desconforto para a classe dominante, que antes era o principal público destes centros de entreterimento,e que agora dividem o espaço com a classe abastada,logo, foi possível observar que a segregação social está alicerçada na sociedade e que o indivíduo está se tornando neoliberalista,com o fato de ser mais importante que o todo. Nesse sentido, torna-se evidente, que a sociedade caminhe para um mundo egocêntrico. Portanto, é necessário que as famílias mostrem para as crianças e adolescentes que valores como cidadania e bem comum possam estar presentes não apenas ao ir aos estádios para assistir um jogo, mais que esteja presente nas atitudes e no falar.