Os estratos sociais sempre existiram nas relações humanas e até hoje as classes econômicas ou hereditárias distintas formam uma sociedade com deveres cultais e históricos. No entanto, algumas segregações e estereótipos aliados às demandas capitalistas estão determinando limites psicológicos e espaciais de acordo com o poder financeiro do indivíduo. A busca po status social por meio da aquisição de bens está intensificando a antiga valorização do "ter" em detrimento do "ser". Esta premissa é acentuada hoje pelas redes sociais, que são usadas muitas vezes como meio de o indivíduo não só querer, mas também parecer ter, a fim de criar uma atmosfera de prestígio a sua volta. Comportamentos como estes deturpam a construção da autocrítica humana, provocando problemas de frustrações. O apartheid social criado pelo capitalismo está segregando os espaços, os melhores exemplos são os shoppings e os camarotes, que concretizam o desejo do homem atual de se sentir superior aos outros usufruindo de locais distintos, onde há apenas indivíduos do mesmo nível econômico. Desta forma, a distância entre ricos e pobres dificulta o convivívio das diferenças e a mobilidade social, contribuindo com preconceitose segregações. Educar uma sociedade capitalista a nao valorizar muito o dinheiro é um grande desafio, já que vai de encontro às exigências do próprio sistema, por isso cabe à escola e à família, pilares da educação, ensinarem aos jovens a importância de valorizar virtudes e caráter em vez de se limitar a meras aparências de consumo. O ensino deve se dar por meio de visitas a comunidades carentes, aproximando as pessoas de uma realidade que não deve ser omitida pelos prazeres do consumismo.