Título da redação:

A segregação camarotizada.

Proposta: A “Camarotização” da sociedade brasileira: a segregação das classes sociais e a democracia

Redação enviada em 27/06/2015

A sociedade Francesa em sua época de revolução vivia a imobilidade social. Hoje, vivemos um modelo com poucas diferenças, a "camarotização". Esse pode ser considerado um evento de separação ou distinção entre classes, no qual transforma os que aparentam ter menor poder aquisitivo em classes menos favoráveis, e logo, imóveis socialmente. Mas isso não é apenas a aparência, ao longo das últimas décadas se tornou um real problema devido a falta de organização governamental, em que, serviços públicos se tornaram sucateados e sem investimento. Seja na saúde, educação e até entretenimento, trazendo assim a ideia de inferioridade contra aqueles que dependem desses serviços. É importante ressaltar que vivemos em um país que para muitos é um regime considerado democrático. No entanto, segundo Aristóteles, democracia deveria ser um regime político em que homens são iguais em tudo, e não é o que presenciamos. Recentemente a morte de um médico, esfaqueado por ladrões em um assalto na Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, virou notícia e causou muito debate, o que gerou alguns conflitos nas redes sociais, já que, por ser um médico, foi importante e noticiado, mas quando é um senhor de classe baixa morto na esquina, vira apenas mais um número para estatística e ninguém se movimenta atrás de mudanças. Dessa forma, cria-se o sentimento de superioridade nos que conseguem fazer parte dessa camarotização. Quando, com poder aquisitivo maior, tem mais oportunidades, colégios com melhor ensino para seus filhos, hospitais livres e sem filas para seus enfermos e até mesmo arquibancadas cobertas caso chova para assistir seu time favorito jogar. Ao contrário dos que sofrem com isso e se tornam menos favoráveis, por terem colégios sucateados, filas enormes para hospitais e poucas formas reais de entretenimento, logo, se tornando imóveis socialmente e segregados, ou seja, sem iguais oportunidades. Fica claro, portanto, a necessidade de medidas por parte do governo e da mídia. São necessários investimentos governamentais em hospitais públicos, escolas e mais acessibilidade em locais de entretenimento, para com o tempo chegarem aos benefícios oferecidos pelos locais particulares e "camarotizados". É de extrema importância também, que a mídia torne casos da população de baixo nível social notório, para que não se crie o sentimento de inferioridade e nem de superioridade nas classes. Assim, chegaremos ao estilo democrático de Aristóteles e fugiremos da segregação social Francesa do século XVIII.