Título da redação:

A Família Adotiva Brasileira

Tema de redação: A “Camarotização” da sociedade brasileira: a segregação das classes sociais e a democracia

Redação enviada em 20/03/2018

É de conhecimento geral que há certa demora no processo de adoção, em alguns casos, podem levar anos para encontrar a criança que deve preencher um lugar no lar. Mas seria culpa da burocracia ou dos pais que inserem critérios na adoção para a criança que vão receber? Não são apenas os pais que esperam ansiosamente por um "encontro" durante o processo de adoção. As crianças também sofrem com a ansiedade e a incerteza do futuro causados pela espera de uma família. Exatamente por isso que cabe ao estado proteger estas crianças de lares instáveis e evitar ao máximo que sejam enviadas à famílias que irão devolvê-las na primeira oportunidade, como se fossem brinquedos quebrados. Esta é a função da burocracia, proteger a criança e a família. Os critérios de muitos pais ao adotam são incompatíveis com nossa sociedade. Por exemplo, esperar por uma criança loira com olhos azuis numa sociedade com 46,7% (segundo a Pnad Contínua) de sua sociedade formada por pardos é irreal. Em uma gestação comum, os pais não escolhem se a criança será saudável, loira ou morena, ou se será menina ou menino. Porém, na adoção, há critérios inalcançáveis impostos pelos pais adotivos. Portanto, é possível observar que o tempo de espera da adoção tem a ver com o perfil que se escolhe e não com o número de crianças que aguardam por um lar. Quantos menos critérios, mais rápido será o processo. Desta maneira, o governo poderia incentivar a adoção com comerciais e campanhas publicitárias que demonstrem a realidade do processo de adoção. Se pudermos entender que ser pais é amar independente da cor, do gênero ou da sexualidade, o processo de adoção seria muito mais rápido e tranquilo tanto para as crianças tanto para os pais.