É possivel afirmar que, há em pleno século XXI a "camarotização" brasileira. Isso se evidencia na exclusividade dada a lugares da elite acerca de recursos governamentais e a não prioridade desses aos locais mais pobres. Nesse sentido, vale ressaltar as consequências dessa segregação e de como a democracia é afetada pela falta de racionalização gerada por tal desigualdade social. Segundo Aristóteles, o homem é um ser social. No entanto, essa ideologia aristotelica não se enquadra na atualidade, pois o ser humano contemporâneo tende a abandonar a coletividade devido ao modelo capitalista adotado pelo Governo. De acordo com o G1, em 2016 o país investiu bilhões nas olímpiadas, todavia, aplicou muito menos dinheiro em obras e no ensino público para as baixas classes sociais.Logo, se vê presente a marginalização e o predomínio da violência, causado por essa atitude governamental, e também o apartheid social que separa a população, prejudicando o raciocínio crítico entre as classes sociais. Em segundo plano, a democracia brasileira pode ser comparada a "Caverna de Platão", a qual segundo o filósofo, não utiliza-se a razão mas sim os sentimentos para se tomar decisões. Nesse contexto, vivemos em uma "caverna" moderna, no qual nosso poder de direito ao voto é prejudicado pela alienação de muitos devido a atual tecnologia propiciar o consumismo. Essa ideologia de consumo, segundo a Folha de São Paulo, aumenta significativamente em diversos lugares do Brasil. Aliado a isso, encontra-se a falta de conscientização dos mais pobres pelo seu baixo discernimento crítico proporcionado pelo estado, colaborando para a manipulação e corrupção de muitos políticos. Portanto, essa elitização social é propiciada não só pela atual forma de governo mas também , por conseguinte, pela população devido ao consumismo e ao individualismo. Soluciona-se que o Governo Federal invista prioritariamente seu capital nas escolas públicas para melhorar a estrutura do ensino no país e fortalecer a racionalização crítica dos estudantes. Além disso, esse poder deve também se manifestar com a correta infraestrutura em lugares necessitados, possibilitando o bem-estar social. Em última análise, os cidadãos podem também utilizar as redes sociais para criarem palestras em espaços públicos, reunindo a população para debater sobre suas diversas formas de vida, visando com isso, a coletividade social.