Em meados do século XXI, convivemos com uma estratificação social que é vista com normalidade, porém esta não deveria ser encarada como habitual, e sim, como um problema. A pobreza, de fato, nunca irá se extinguir, porém deve ser trabalhada uma visão uniforme entre os cidadãos, para que preconceitos e repulsas sejam banidas de toda e qualquer relação humana. Portanto, caso não ocorra essa adaptação, inúmeros segmentos da sociedade se ''camarotizarão'', como já acontece. E assim, a vida e as convivências serão cada vez mais, verdadeiras competições de bens e status, que geram violência, derivada do preconceito visual e cultural, uma vez que o capitalismo passa a mensagem de que ''somos o que temos''. Com isso, furtos, extorsões e outros crimes aumentam, a partir do desejo que os indivíduos possuem de ter dinheiro e objetos para se adequar a um padrão social. E então, a sociedade se ramifica e segrega os que ''tem'' dos que ''não tem'', pois cada vez mais, os estádios, ''shows'', teatros e afins, separam lugares por qualidade e estes viram objeto de consumo, por exemplo. A criação de esteriótipos e rótulos cria um cenário doente, de uma sociedade cega pelo consumo e pela posse. Diante disso, este modelo consumista deve notar que; um país rico é, na verdade, o que o rico usa transporte público, e não o que o pobre possuí automóvel; que a democracia não é apenas possui direito ao voto, mas sim, igualdade plena enquanto humanos. A correção desta visão deve começar com a população, para que os padrões de consumo se adequem aos de vida, e não o contrário como é notório. A nova classe C ascendida deve procurar consumir o necessário, para que a publicidade não vise explorar as novas capacidades de compra. Assim como entender que as diferenças monetárias não dizem respeito à essência pessoal.