A "camarotização" da sociedade brasileira nada mais é do que os privilégios que alguns têm por pertencerem a uma classe social alta. Observamos esse fenômeno desde os tempos primórdios, com reis e suas pedras preciosas de um lado e, plebeus do outro. Essa segregação entre classes não deveria fazer parte de uma sociedade democrata, pois fere absurdamente o conceito de igualdade. Atualmente, vivemos em um mundo onde, para a maioria, ter é maior do que ser. Ou seja, se você pode ter o mais caro dos celulares, logo você é melhor do que qualquer um que não possa, não importando o caráter de ambos. Os valores estão cada vez mais invertidos, a elite ostenta e os mais pobres se sentem cada vez mais frustrados, abrindo margem até mesmo para a violência, afinal, o proletário se sentirá no direito de possuir o que o "patrão" lhe mostra, podendo usar dos meios mais cruéis para isso. Há ainda o fato de que enquanto os que vêm de berço de ouro têm acesso a serviços de qualidade, como saúde e educação, o restante da população sofre para ter suas necessidades básicas atendidas. A Constituição Brasileira diz que todos somos iguais perante a lei, entretanto, o governo não garante igualdade a todos, o que contribui com esse Apartheid social. Portanto, tal elitização é um problema e precisa de solução. É preciso que o Estado invista na melhoria dos setores públicos, colocando em prática o que nos é garantido pela lei. Além disso, os cidadãos precisam de maior atuação política, exigindo o que é pra ser de cada um e, sempre procurando eleger aqueles que melhor lhes representam. Assim, quem sabe teremos uma nação mais harmônica e justa.