Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A banalização do diagnóstico de TDAH

Redação enviada em 21/01/2019

O Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é caracterizado como um distúrbio neurológico cujos principais sintomas incluem desatenção, hiperatividade, dificuldades de planejamento e de memória seletiva. O diagnóstico pode ser realizado por médicos psiquiatras, neurologistas e psicólogos, no entanto o aumento exorbitante de casos no Brasil indica falhas na identificação e no tratamento do TDAH. Em primeiro plano, deve-se analisar os aspectos que impulsionam a banalização do diagnóstico de TDAH. Pesquisas apontam que o consumo do medicamento usado para o seu tratamento, a “Ritalina”, aumentou cerca de 775%, especialmente em crianças e jovens. Sob essa ótica, é importante destacar que a maioria das queixas de desatenção e hiperatividade surgem nas escolas, quando o aluno apresenta dificuldades para assistir às aulas e participar delas. Esse problema, porém, pode ser facilmente confundido com o transtorno, ao passo que a verdadeira causa do comportamento tido como anormal advém de outros fatores, como problemas no lar, cansaço ou estresse e, sem uma análise mais aprofundada, pode resultar em falso diagnóstico para o indivíduo. Ademais, vale ressaltar que, segundo uma matéria divulgada pela BBC News, a sociedade atual exige maiores esforços por parte dos estudantes a fim de conquistarem empregos com melhor remuneração e prestígio. Porém, quando não conseguem atender a essas expectativas, muitos recorrem à ajuda profissional para alavancar seu desempenho acadêmico e lançam mão da “droga da inteligência”, ainda que não tenham passado por uma avaliação rigorosa para o diagnóstico e, por vezes, sequer possuam o TDAH. O uso inadequado desse remédio, no entanto, pode causar dependência química e também gerar quadros de ansiedade e distúrbios do sono, comprometendo de forma drástica a saúde física e psicológica do usuário. Em suma, é fundamental que medidas sejam tomadas para minimizar o quadro atual. Para isso, o Ministério da Educação deve promover palestras nas instituições de ensino ministradas por profissionais da saúde, com o intuito de esclarecer pais e alunos acerca desse transtorno, bem como a importância de recorrer à equipes capacitadas para a identificação e o tratamento do indivíduo. Somado a isso, as escolas devem incentivar a leitura, as artes e a prática de atividades físicas como caminhos alternativos para a aprendizagem.