Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A banalização do diagnóstico de TDAH

Redação enviada em 01/06/2018

Conforme a primeira lei de Newton, a lei da inércia, um corpo tende a permanecer em seu estado natural até que uma força suficiente atue sobre ele mudando seu percurso, de forma análoga, a questão da banalização do diagnostico de Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) persiste hodiernamente no Brasil. Nesse sentido, em vez de funcionar como força suficientemente capaz de mudar o percurso desse problema, da permanência para extinção, a combinação de fatores médicos e sociais acabam por contribuir para situação atual. Em primeira análise, embora o senso comum sobre essa problemática afirme que o diagnostico de TDAH é comum na sociedade, em razão de grande parte das pessoas portadoras dessa doença terem comportamento extremamente ativo e dificuldade de focar-se em atividades, é inquestionável que esse transtorno deve ser tratado como uma doença neurológica e seus medicamento prescritos por profissionais devidamente habilitados.No que concerne a esse posicionamento, o médico e pesquisador Drauzio Varella ratifica a importância do diagnostico correto, segundo o seu posicionamento, esse transtorno é uma doença que deve ser tratada como qualquer outra. Em segunda análise, um outro aspecto a ser discutido é sobre a cultura da automedicação que existe no Brasil, haja vista as facilidades de obter medicações em farmácias, e como reflexo disso trazendo a ideia de que qualquer um pode diagnosticar doenças, principalmente no caso do TDAH que a comunidade vê como algo comum. Com efeito, é preciso procurar em matéria publicada no jornal Folha de São Paulo, o enredo para compreensão desse revés, já que ela traz dados sobre essa doença, os quais mostram que do total de pessoas que se afirmaram portadoras do TDAH, 33% não foram ao médico para avaliação. Urgem, portanto, ações sinérgicas entre família e governo, a fim de estabelecer caminhos para resolução dessa banalização.Para tanto, a família, mediante o debate, o acompanhamento e a confiança na avaliação correta do profissional da saúde, deve evitar os diagnósticos sem a sustentação embasada para tal problema . Ademais, o Governo Federal deve fomentar o Ministério da Cultura, por intermédio da parceria com o setor privado, principalmente a mídia, a criar propagandas, minisséries e panfletos educacionais que mostrem a importância da seriedade do tratamento dessa doença. Por fim, mediante a realização dessas ações, não há dúvidas de que ocorrerá a mudança do percurso social como mostra o diálogo com a teoria newtoniana.