Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A banalização do diagnóstico de TDAH

Redação enviada em 17/02/2018

No século XXI, vive-se durante o apogeu da globalização, a partir da qual surgem o cotidiano acelerado e a alta competitividade, seja ela na escola ou no trabalho. Diante disso, tornaram-se comuns os diagnósticos de Transtorno do Deficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), sobre o qual discute sua possível banalização na sociedade moderna. Assim, é crucial a investigação segura sobre os possíveis sintomas e a quebra do paradigma do consumo excessivo da ritalina, a vista de evitar consequências à saúde mental. Em primeira análise, é válido ressaltar que o excesso de informações direcionadas aos indivíduos diariamente pode dificultar o aprendizado. Sobre isso, a professora Maria Augusta Montenegro, da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), aponta para a confusão que pais e educadores têm sobre essa dificuldade, a qual pode ser por outros motivos, mas logo já é relacionada à deficit de atenção. Soma-se a isso, o aumento da cobrança por bons rendimentos no meio estudantil, e tem-se uma explicação para a alta procura por psiquiatras, os quais acabam, muitas vezes, analisando o comportamento do paciente de maneira superficial. Com isso, uma investigação que deveria ser minuciosa, acaba por gerar muitos diagnósticos errados de TDAH, o que contribui para a sua popularização. Outrossim, deve-se destacar que desde a década de 1950, tem-se uma “Revolução Psicofarmacológica”, na qual surgem dispositivos capazes de melhorar o rendimento cerebral, sendo eles a única solução aos problemas de aprendizagem. Nesse prisma, uma sociedade hipercinética que anseia bons resultados de maneira instantânea tem na ritalina uma significativa opção aos objetivos pessoais. Embora seja comum, a administração de tais medicamentos deve ser cautelosa, uma vez que eles podem gerar dependência química, o que afeta a saúde mental das pessoas. Sendo assim, é inadiável a diminuição de prescrições a remédios como a ritalina. Evidencia-se, portanto, a necessidade de se investigar profundamente os comportamentos dos pacientes, bem como de se desconstruir a banalização do uso de medicamentos psicotrópicos. Para isso, o Ministério da Educação, juntamente com a Associação Brasileira de Deficit de Atenção, deve, por meio de projetos sociais educativos, mostrar os problemas decorrentes do uso excessivo da ritalina, bem como os verdadeiros e marcantes sintomas do TDAH. Dessa forma, busca-se evitar a dependência química em medicamentos psicossomáticos e frear a banalização desse transtorno.