Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A banalização do diagnóstico de TDAH

Redação enviada em 16/02/2018

No século XXI, vive-se durante o apogeu da globalização, a partir da qual surgem o cotidiano acelerado e a alta competitividade, seja ela na escola ou no trabalho. Diante disso, tornaram-se comuns os diagnósticos de Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), sobre o qual discute sua possível banalização na sociedade moderna. Assim, é crucial a investigação segura sobre os possíveis sintomas e a quebra do paradigma do consumo excessivo da ritalina, a fim de evitar consequências à saúde mental. Em primeira análise, é válido ressaltar que devido ao excesso de informações que são direcionadas aos indivíduos diariamente, pode-se tornar comum e absolutamente normal a não filtragem de todas elas, além de haver uma memória seletiva que impeça a lembrança completa dos fatos. Por conseguinte, com o aumento da cobrança individual nos meios estudantil e laboral, bem como a pressa para a obtenção de resultados satisfatórios, pode-se popularizar a busca por profissionais psiquiátricos, os quais passam a visualizar o comportamento do paciente para se chegar a um diagnóstico meramente subjetivo. Tais situações podem explicar a banalização do TDAH pelo falso diagnóstico e evidenciar a importância de se haver investigações mais profundas e minuciosas sobre os indivíduos. Outrossim, deve-se destacar que com o aumento de cerca de 2 milhões de casos por ano, só no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o consumo de medicamentos psicotrópicos, como a ritalina, cresceu em 373%. À vista disso, desde a década de 1950, tem-se uma “Revolução Psicofarmacológica”, na qual surgem dispositivos capazes de melhorar o rendimento cerebral. Nesse prisma, uma sociedade hipercinética que anseia bons resultados de maneira instantânea, tem na ritalina, por exemplo, uma opção satisfatória aos desejos pessoais. Por outro lado, caso seja usada indiscriminadamente, pode causar dependência química, assim como drogas ilícitas, como a cocaína. Evidencia-se, portanto, a necessidade de se investigar profundamente os comportamentos dos pacientes, bem como de se desconstruir a banalização do uso de medicamentos psicotrópicos. Para isso, o Ministério da Educação, juntamente com a Associação Brasileira de Déficit de Atenção, devem, por meio de projetos sociais educativos, mostrar os problemas decorrentes do uso excessivo da ritalina, bem como mostrar os sintomas marcantes do TDAH. Ademais, a sociedade civil organizada deve, mediante as redes sociais, desnaturalizar o senso comum que há sobre o transtorno, a fim de diminuir sua banalização.