No Brasil e no mundo existe, atualmente, uma grande preocupação referente à banalização do diagnóstico de TDAH. Estudos comprovam uma fácil possibilidade de os usuários do medicamento Ritalina apresentarem forte dependência. Os problemas a serem enfrentados são, principalmente, a fácil receitação medicamentosa e a desonestidade dos pacientes com o intuito de conseguir Ritalina para uso indiscriminado, visando efeitos psicotrópicos. A Ritalina tem fama entre os estudantes por ser, frequentemente, associada a melhorias no foco e assimilação do conteúdo estudado. Vários são os casos de desonestidade do paciente em relatar falsos sintomas e comportamentos que induzam a um equivocado diagnóstico para conseguirem a receita do famoso medicamento. Ademais, o rápido e desatencioso diagnóstico, a partir de análises superficiais do comportamento dos pacientes diagnosticados, também tem sido outro problema, talvez o maior deles. Como o TDAH é um distúrbio com sintomas muito genéricos, às vezes acaba sendo confundido com comportamentos relativamente comuns, que não seria necessário o uso do metilfenidato. Portanto, urge a necessidade de o Conselho Federal de Medicina, junto com a Organização Mundial de Saúde proibirem médicos não especialistas de diagnosticar o transtorno, visando a diminuição dos equivocados diagnósticos. Outrossim, as faculdades de medicina deveriam aumentar a carga horária de aulas referentes ao diagnóstico de TDAH para os alunos da especialização de psiquiatria para uma melhor precisão no diagnóstico.