Atualmente, o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é usualmente comentado nos meios de comunicação e, sendo assim, tornou-se um assunto bastante conhecido pela sociedade. Entretanto, esse saber fez crescer exacerbadamente a venda de medicamentos para o tratamento. Além disso, a forma de se diagnosticar é ainda controversa para a ciência. O Instituto de Medicina Social da UERJ afirma em pesquisa que, em 10 anos, o consumo de Ritalina (medicamento utilizado para tratamento do transtorno de TDAH) aumentou 775%. Essa informação contrasta-se com pesquisa publicada no site G1, a qual afirma que o transtorno ocorre apenas em 3 a 5% das crianças. Dessa forma, pode-se concluir que a venda do medicamente está sendo feita indiscriminadamente. Vale ratificar também que essa venda erronia afirma diretamente que o diagnóstico é baseado em bases empíricas, tornando-o aberto a muitos questionamentos. Uma dessas perguntas foi realizada em um Centro de Pesquisa Canadense, o qual apontou que apenas 12 dos 10.000 trabalhos publicados sobre TDAH tem base mínima científica. Em virtude do que foi mencionado, são necessárias medidas para resolver essa problemática. Por conseguinte, cabe ao Ministério da Saúde um levantamento de dados que comprovem os riscos da prescrição indiscriminada de remédios. Isso deve ser levado para aprovação política, a fim de que a Associação Médica Brasileira torne decretado que a receita de Ritalina deve ser distribuída apenas em casos extremos ou quando o paciente já estiver sendo acompanhado por profissionais responsabilizados pela comprovação do diagnóstico. Também cabe ao Ministério da Educação o lançamento de uma campanha nas escolas públicas. Essa campanha tem como por objetivo identificar possíveis alunos que precisam desse atendimento e os encaminhar diretamente para profissionais do SUS, para que possamos colher bons frutos na educação do futuro.