O transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um problema neurológico que atinge cerca de 250 mil crianças e adolescentes no Brasil, prejudicando de forma significativa a vida dessas pessoas. Embora os sistemas desse distúrbio serem bem conhecidos pela comunidade científica, o que acontece atualmente, em diversas vezes, é o diagnóstico do TDAH de forma errônea e banalizada, tal prática pode causas graves prejuízos para a população. Em primeira análise, é possível afirmar que o diagnóstico de forma precipitada tem como origem diversas causas. Visto que, em suma, a identificação do transtorno acontece de forma imediata pelos especialistas, dessa forma, não é possível observar de maneira minuciosa o comportamento do indivíduo em diferentes ambientes, como na escola e em casa. Por outro lado, muitas pessoas simulam sintomas para obterem receitas de remédios que são utilizados no tratamento do transtorno, pois esses, de acordo com o mito popular, aumentam o desempenho cognitivo. Logo, isso se torna um grande atrativo para pessoas que precisam de alta produtividade ou que vão passar por testes de alta complexidade. Em segunda análise, é possível afirmar que a banalização do TDAH pode ter várias consequências. Uma vez que o uso indiscriminado do principal fármaco recomendado para o tratamento do distúrbio, a ritalina, pode gerar diversos efeitos negativos para a saúde, como afirmam especialistas na área. Ademais, quando crianças que foram diagnosticadas de forma errônea fazem uso do remédio, podem ocorrer alterações de comportamento que são normais para essa idade, isso faz com que a formação social do indivíduo fique comprometida. Diante dos fatos supracitados, é notório que medidas devem ser tomadas para que a banalização do diagnóstico do TDAH diminua. O Ministério da Saúde, em parceira com associações especializadas na área, deve impor protocolos de diagnóstico, especificando diversos passos a serem realizados para que o diagnóstico final seja tomado de forma correta, assim impedindo o laudo imediato.