Título da redação:

A banalização do diagnóstico de TDAH

Proposta: A banalização do diagnóstico de TDAH

Redação enviada em 16/02/2018

No filme “Sem limites”, do diretor Neil Burger, é falado de uma pílula ilegal (NZT) que permite o uso de todo o funcionamento cerebral, o que muda a vida cognitiva e financeira do personagem, até ele começar a viciar-se e trazer consequências negativas para sua vida. Apesar da crítica cineasta, hoje, de acordo com os dados da Associação Brasileira de Déficit de Atenção (ABDA), mais de 900 mil pessoas são afetadas pelo TDAH no Brasil. Porém, o que existe no país ainda é um subtratamento da condição mental em conjunto com uma falta de responsabilidade social, especialmente em se tratando da banalização de medicamentos para crianças e adolescentes no mundo moderno. (8 linhas na folha) A busca por soluções fáceis, o diagnóstico equivocado e a incompreensão dos pais e professores acerca da agitação natural das crianças elevaram o Brasil ao posto de segundo maior consumidor de Ritalina do mundo, no entanto, os efeitos colaterais do medicamento como o vício, assim como retratado no filme citado, não são levados em conta. Consequentemente, esse transtorno possui impacto direto sobre o desempenho escolar e o convívio social do indivíduo, pois, não se é discutido se essa droga é mesmo necessária ou se é a melhor forma de cuidado. (7 linhas na folha) Sabe-se que, o mundo contemporâneo está exigindo cada vez mais dedicação e capacidade de raciocínio rápido. Aliado a isso, deve-se considerar que, em um mercado cada vez mais competitivo, mais pessoas buscam o uso de alguns artifícios para melhorar a concentração e eficácia no trabalho e nos estudos. O uso indevido da ritalina para estudar, com a promessa de ajudar no desempenho em vestibulares e concursos, vem sendo bastante difundido nos dias atuais. Em contrapartida, um estudo realizado na Unifesp mostrou que a droga não melhora as funções cognitivas de pessoas que não possuem o transtorno de déficit de atenção. (8 linhas na folha) Portanto, faz-se necessário que Conselhos Regionais colaborarem na capacitação dos profissionais, na exposição dos transtornos psiquiátricos, por meio de tratamentos mais eficazes e sua regulamentação a partir de portarias que promovam a dispensação da indevida medicalização em conjunto com a mídia, levando informações preventivas ao público. Como também, pais e professores precisam conhecer mais sobre o TDAH para que possam compreender a forma de “ser” da criança e assim possam se atentar para alguns riscos, especialmente no caso de alto grau de impulsividade. (7 linhas na folha)