Título da redação:

AIDS: PRECONCEITO E DESINFORMAÇÃO

Tema de redação: A AIDS em questão no Brasil

Redação enviada em 28/02/2017

É relevante a ideia de que valorizar o homem como ser social, significa buscar alcançar as transformações necessárias para uma sociedade mais justa. Nesse contexto, quando se discute sobre a AIDS no Brasil, observa-se que há um preconceito cultural e também uma desinformação a respeito da doença. Diante desse cenário, não há dúvidas de que é preciso fomentar a discussão sobre o porque ainda persiste o preconceito e a ignorância, mesmo com tantos meios de acesso á informação. É patente a necessidade de se perceber que ainda existe um grande preconceito com pessoas aidéticas, em 2010 o participante do Big Brother Brasil, Marcelo Dourado, afirmou que homens heterossexuais não contraiam á AIDS, afirmação essa que foi desconstruída horas depois pelo apresentador Pedro Bial, na qual explicou que o vírus não é exclusivo de cor, raça ou opção sexual. Convém, é claro, observar que o participante do Reality show falou algo que estava enraizado em sua cultura, ou seja, o conhecimento popular que diferente do conhecimento científico, não é baseado em fatos. De maneira que, deve-se olhar essa questão de modo mais amplo, o governo afirma ter muitas politicas direcionadas ao tema, porém diz ter dificuldades operacionais de acesso as minorias, pois lhes é negado o direito de acesso aos serviços pela invisibilidade desses segmentos, pelo preconceito e estigma. Outrossim o mais sensato, nesse caso, é analisar as questões que envolvem o problema da dificuldade de informar estas minorias e de impor politicas de inclusão social principalmente para os homossexuais portadores do vírus HIV, que sofrem um preconceito desenfreado no pais, sendo vítimas não só nas ruas mas também no mercado de trabalho onde claramente tem o seu espaço sufocado devido ao forte preconceito social. Entretanto, deve-se atentar para o fato de que, politicas de medidas preventivas não funcionam caso os indivíduos não façam sua parte, é importante salientar que todo cidadão tem o direito de cobrar um maior apoio do Ministério da Saúde, mas cabe aos mesmos se precaverem cumprindo as medidas profiláticas. O posicionamento assumido nessa discussão demanda duas ações pontuais. A princípio, deve-se estabelecer como meta expandir politicas de prevenção, cuidados que os portadores devem assumir e também enfatizar o modo de como o vírus é transmitido, com intensão de sanar as dúvidas sobre a transmissão do HIV. A outra ação precisa ser fomentada pela iniciativa do Ministério da Saúde junto ao Ministério da Educação, no sentido de educar as crianças e adolescentes sobre o preconceito com as pessoas aidéticas, a fim de que no futuro possamos ultrapassar esse preconceito cultural em nossa sociedade. Resta saber se, de fato, haverá vontade, não só politica , mas também participação social, para que isso aconteça, pois como Immanuel Kant disse, ''O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele''.