Diariamente a mídia brasileira divulga reportagens e pesquisas que demonstram a presença maciça da AIDS no país. Apesar dos contínuos esforços feitos pelo Governo, essa doença continua a acometer a população , principalmente os jovens, e a bater recordes de mortalidade. Logo, surge o seguinte questionamento: a causa dessa realidade é o precário acesso à informação ou é a falta de conscientização do indivíduo? Primeiramente, é preciso ressaltar que, infelizmente, ainda é um grande tabu falar livremente sobre sexo. Nota-se que a maioria das famílias não prezam pela educação sexual de seus filhos e deixam que eles aprendam naturalmente. Porém, é nesse aprendizado autodidata que o adolescente pode cometer um erro que pode custar sua vida ou a do próximo. Por outro lado, há na sociedade grande estigma e preconceito com a população afetada pela AIDS. Sejam eles gays, travestis, prostituas ou jovens, o fato é que o acesso à políticas públicas de prevenção à doença é quase nulo e, além disso, o "fundamentalismo religioso" e a "invisibilidade" deles contribui para que a situação não melhore. Temos, portanto, uma realidade dura e um problema grande nas mãos, que tem sido tratado como uma festa de carnaval. O primeiro passo para mudar esse quadro é implantar medidas que visem a prevenção e a conscientização das classes mais vulneráveis, além de oferecer apoio e condições dignas de tratamento para os infectados. Só assim podemos impedir que mais pessoas sejam vítimas dessa epidemia que sobrevive ao tempo e transpõe séculos.