A AIDS,também conhecida por SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Autoadiquirida),é provocada por dois tipos de retrovírus HIV e pode ser transmitida através do contato com sangue ou fluidos corporais contaminados.Na década de 80,quando a doença foi descoberta,houve grande alarme na saúde pública pelo fato de a doença ser de alta mortandade.Atualmente,graças às constantes campanhas publicitárias,tornou-se de conhecimento comum as medidas necessárias para profilaxia dessa virose.Contudo,a cada ano, vê-se crescer o número de afetados pelo vírus HIV. Isto ocorre,pois,em razão dos notórios avanços da medicina que alteraram positivamente a longevidade dos portadores,como os coquetéis ARV,criou-se no imaginário popular uma falsa sensação de controle sobre a doença.Diante disso,muitos deixaram de tomar os devidos cuidados por suporem que a epidemia havia sido comedida.A título de exemplo,destaca-se a banalização do uso de preservativos,como a camisinha,assim como a desistência de uso destes aos primeiros sinais de um relacionamento sério.Dados do ministério da saúde comprovam o exposto,segundo os quais, 60% dos jovens usam a proteção na primeira relação e apenas 30% quando o parceiro se torna fixo. Em consonância,o controle da prevenção,muitas vezes fixado nas mãos dos homens,prejudica a parcela feminina,à medida que é facilitado,pelo Estado,o acesso aos preservativos masculinos e não o fazem da mesma maneira com os fêmeos,deixando-as dependentes da escolha do parceiro.Além disso,os pobres e miseráveis,os mais atingidos segundo a OMS(Organização Mundial de Saúde) e que enfrentam barreiras culturais impostas pela ideologia predominantemente na sociedade,tornam-se mais vulneráveis devido a dificuldade no acesso aos serviços de prevenção e de tratamento,o qual é demasiadamente ostensivo e causa muitas vezes a estigmatizaçao do paciente. Neste ensejo, a fim de facilitar a profilaxia da Aids,devem as Unidades Básicas de Saúde Pública,em parceria com as escolas,propor palestras que visem atingir,principalmente,o público jovem,explicando-lhes que apesar dos avanços medicinais a doença ainda mata milhares de brasileiros,e infecta cerca de 35 mil a cada ano.Ademais,cabe ao Estado proporcionar o bem estar de seus cidadãos,facilitando o acesso à preservativos,tanto masculinos quanto femininos,assim como proporcionar o tratamento das parcelas menos afortunadas através do Sistema Público de Saúde.