Alguns séculos atrás, enfermos e deficientes eram afastados do convívio social e, em instituições especiais, eram submetidos a maus-tratos e a condições de vida subumanas. Isso ocorria porque, naquela época, esses indivíduos eram considerados um obstáculo para o progresso da sociedade. Atualmente, essa ideologia mudou drasticamente. Visa-se, hoje, a cura ou reabilitação total do paciente com necessidades especiais. Acontecimentos recentes, entretanto, costumam contradizer esse conceito, uma vez que portadores de determinadas enfermidades são afetados pela discriminação, e a divulgação de informações a respeito de doenças mostra-se precária. Dentre esses casos, assinala-se a questão na AIDS na sociedade brasileira. A AIDS, ou síndrome da imunodeficiência adquirida, é uma doença sexualmente transmissível, e a principal complicação causada no portador dessa doença é a destruição do sistema imunológico. Dessa forma, o indivíduo acaba por morrer por doenças simples, como uma gripe, por exemplo, uma vez que não dispõe mais de seu sistema de defesa. Esse conceito, todavia, costuma ser confundido pelos não portadores da doença, os quais acreditam que a AIDS é contagiosa. Embora essa ideia tenha sido refutada por cientistas, muitos indivíduos carecem de maiores informações sobre o tema. Como principal consequência, os portadores da AIDS sofrem com sua pouca aceitação na sociedade em geral, além de serem afetados por casos de violência e discriminação em larga escala. Por outro lado, a condição da divulgação de medidas que combatam a transmissão dessa doença evidencia uma possível falta de estímulo. Como exemplo disso, ressaltam-se dados indicando que a síndrome da imunodeficiência adquirida infecta, na maioria dos casos, jovens. Isso explicita a necessidade de melhorias na divulgação de informações sobre a doença, o que evitaria em larga escala o contágio, não somente dessa, mas de inúmeras outras DST. Exemplifica-se, dessa forma, o incentivo ao uso de preservativo nas relações sexuais. A questão da AIDS na sociedade brasileira contemporânea, portanto, tem se mostrado como um problema em larga escala. Deve-se, portanto, estabelecer medidas que combatam o contágio da doença e, também, garantir a assistência médica aos devidos portadores. Informações sobre a AIDS, em primeiro lugar, devem ser compartilhadas ao máximo possível. Isso pode ser realizado pela mídia e pelas instituições de ensino. Além disso, palestras podem ser realizadas nas escolas, de forma a tomar como pontos principais os métodos contraceptivos e a necessidade de respeito aos portadores da doença. Ademais, cabe ao Estado a garantia de medidas que garantam a melhora da condição de vida desses indivíduos. Deve-se, dessa forma, manter o acesso gratuito ao tratamento e fornecer melhorias no sistema de saúde, como a construção de hospitais. Os portadores da AIDS, assim, poderão viver de maneira digna e da forma mais saudável possível, o que ressalta a evolução da sociedade em comparação a séculos atrás.