O combate à epidemia no nosso país era reconhecido internacionalmente até 2013 de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), porém, esse quadro tem mudado desde então. Neste contexto, é indiscutível que o aumento dos casos de AIDS no Brasil é uma grave problemática relacionada, principalmente, à sazonalidade das campanhas e ao fato de ser considerado um tabu quando o assunto é relacionado aos idosos. Referente à sazonalidade das campanhas, tem-se como exemplo a época de Carnaval, quando são criadas diversas propagandas sobre a prevenção da AIDS, sobretudo o uso da camisinha. Porém, após este período o assunto é deixado de lado, como se fosse algo próprio do Carnaval, e não uma doença transmissível em qualquer época do ano. De acordo com uma pesquisa feita em Niterói pelo médico Mauro Romero, a média mensal de testes de HIV positivo em janeiro de 2013 chegou a 39,3 casos; em agosto 38,6; enquanto que em fevereiro foram registrados uma média de 29,3 casos. Em relação aos idosos o tema é considerado um tabu, sendo então pouco discutido, já que para muitos o sexo na melhor idade é visto como algo vulgar. Dessa forma, ficam sujeitos à ignorância sobre o assunto e, por conseguinte, vulneráveis à doença. Segundo o Ministério da Saúde, a presença do HIV na terceira idade cresceu cerca de 80% nos últimos 12 anos e, com tímidas ações de combate à doença nessa população, o Brasil corre risco de ter cada vez mais idosos doentes. Nesse sentido, propõe-se que sejam produzidas campanhas contínuas e específicas para todos os grupos de pessoas, inclusive os idosos. Além de palestras que abordem o assunto, tanto em locais abertos para todos os públicos, quanto nas escolas, de uma forma que abranja toda a população.