Título da redação:

A palavra maldita

Proposta: A AIDS em questão no Brasil

Redação enviada em 24/01/2018

Nos anos 80, a AIDS era uma palavra maldita. Nessa década, o Brasil conheceu o vírus HIV, o causador daquela doença. Ser portador da AIDS era sinônimo de morte e estigma. Após 30 anos, o número de infectados passou a subir, principalmente na população mais jovem. Nesse contexto, a sensação de invulnerabilidade e a confiança nos tratamentos atuais trouxeram o descuido a essa população. A juventude é a época de novas descobertas e experiências. A irresponsabilidade está presente muitas vezes ao realizar ações que podem ter consequências que o acompanham o indivíduo por toda a vida, como uma doença sem cura. Sentir-se invulnerável é comum ao jovem, porém essa qualidade é restrita aos super-heróis. Por isso, contrair uma doença ao manter uma relação sexual sem proteção não vale um momento de prazer. Antigamente, ao saber a confirmação da doença era como receber uma sentença de morte. A confiança nos tratamentos modernos retirou a imagem amedrontadora da AIDS. Assim, a geração que não viu seus ídolos serem levados pela doença passou a ter uma falsa segurança sobre a mesma. Os medicamentos atuais realmente são melhores e promovem uma boa qualidade de vida ao portador, entretanto a doença é para o resto da vida e o tratamento possui efeitos colaterais, como dores de cabeça e diarréia. Dessa forma, a prevenção sempre será o melhor remédio. Faz-se necessário, portanto a intervenção do Ministério da Saúde, juntamente ao Ministério da Educação, para inserir na grade curricular das escolas matérias como educação sexual, com o intuito de informar e sensibilizar os jovens sobre as formas de prevenção, além da ampliação dos postos de distribuição de preservativos, e assim formar pessoas conscientes, responsáveis e contribuintes de um futuro em que a palavra maldita fique apenas nos livros e nas memórias.