Título da redação:

A necessidade de "quebrar tabus"

Tema de redação: A AIDS em questão no Brasil

Redação enviada em 10/10/2015

A AIDS, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, é uma doença sexualmente transmissível (DST) que afeta milhares de pessoas ao redor do mundo. No Brasil, o índice de infectados ainda é grande e deve ser enfrentado como um problema social. As pessoas que são HIV positivas, além dos sintomas e de toda a mudança pela qual passam ao adquirir o vírus, ainda têm de enfrentar falta de suporte e discriminação familiar e social, perda de emprego e piora nas finanças e precariedade no atendimento. Com o baixo índice de escolaridade do país e a expansão da internet com muitas informações errôneas, a transmissão da AIDS vista como um “monstro” intensificou-se no imaginário popular, pois muitos indivíduos têm dificuldade de interpretar os fatos e dados e são expostos a notícias resumidas e muitas vezes erradas pela mídia. Muitos cidadãos evitam contato direto com pessoas infectadas por pensarem que contrairão o vírus apenas no tato, como em um cumprimento ou abraço. Isso demonstra a ausência de conhecimento de grande parte da população brasileira, o que as leva a discriminar os enfermos, que precisam de atenção e cuidados. Além disso, muitos municípios brasileiros não contam com os exames e medicamentos necessários que deem respaldo para a descoberta e tratamento da AIDS, piorando a situação de muitos enfermos pela falta de remédio do coquetel, assistência médica e cuidados especiais. A precariedade do sistema de saúde nacional é responsável por milhares de mortes ao longo do ano, de acordo com uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Somando-se a isso, tem-se a ausência da discussão aberta das DSTs, principalmente entre os jovens, ao ser tratada nas escolas e nos lares como um “tabu”. Ademais, por ser um fato discriminado por parte da sociedade, muitos indivíduos não fazem o teste para verificar se são soropositivos, o que diminui consideravelmente a qualidade de vida do cidadão, já que ele não desfrutará dos tratamentos destinados aos infectados. Entretanto, ao saberem que são portadores do vírus e ao comunicar a notícia a amigos e parentes, muitos deles sofrem rejeição da própria família, por vezes pela falta de conhecimento, levando-os a depressão profunda. Juntando-se a isso, muitos soropositivos enfrentam discriminação no local de trabalho, tendo salários reduzidos e perda da estabilidade financeira. Portanto, vê-se que a AIDS é um problema social e deve ser tratado como tal. É importante que o Governo disponibilize cada vez mais verbas para o sistema de saúde nacional a fim de diminuir e posteriormente erradicar as DSTs, principalmente a AIDS, como maiores levas de coquetéis e palestras para profissional da saúde. É necessário que ONGs, obtendo respaldo midiático, se empenhem na disseminação de informações a respeito da AIDS, como maneiras de prevenção e tratamentos, além da minimização da discriminação, para que a mesma não seja mais tratada como um “tabu” pela sociedade. É preciso que haja em escolas e centros educacionais palestras que incentivem jovens a fazerem exames e a lutarem contra a rejeição social, dando fim ao preconceito.