Os anos 80 e 90 foram marcados por numerosas mortes de infectados pelo vírus HIV no Brasil, como exemplo Cazuza e Renato Russo, grandes referências da música brasileira. No entanto, com a criação do coquetel de remédios, os casos de óbitos devido a AIDS caíram no país, apesar de o número de infectados tenha crescido de forma alarmante. Mas afinal, qual motivo de tal descuido? Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de jovens infectados entre 15 a 26 anos aumentaram 50%, enquanto nos demais países houve um decréscimo de 32%. Portanto, observa-se que embora o conhecimento entre os adolescentes acerca das doenças sexualmente transmissíveis tenha ampliado, o número de portadores do HIV aumentou. Dessa forma, nota-se a perda do medo em contrair a doença, uma vez que o remédio, antiretroviral, permite o soro positivo a viver uma vida comum, diferente dos anos passados, os quais apresentavam aparência raquítica e haviam constantes casos de mortes. No entanto, as consequências da doença são mais profundas, pois os portadores da AIDS não só, terão o sistema imunológico afetado, como também conviverão com os medicamentos a vida toda, já que não há cura. Além disso, a quantidade de heterossexuais portadores tem sido a que mais cresceu, embora ainda seja concentrada em homossexuais, prostitutas e usuários de drogas, pois estão mais vulneráveis. Porém, tais dados vão contra pensamentos errôneos regados de décadas passadas de que a doença era um "castigo divino" aos homossexuais. Dessa maneira, é notório que o único vilão do preconceito é a falta de informações. Em suma, com o objetivo de minimizar tais dados, é preciso que o governo não apenas, estimule o uso de preservativos com enfoque na AIDS, mas também, enfatize a importância do teste em postos de saúde com a finalidade do diagnóstico precoce para melhor tratamento. Desse modo, espera-se que o mundo diminua essa epidemia que marcou com muitas mortes, inclusive de grandes músicos.