Na década de 80 a AIDS/HIV foi uma doença que amedrontou a população mundial. Com o passar dos anos e o avanço das pesquisas surgiram formas de prevenção e tratamentos eficazes para controlar a doença. Isso trouxe certo controle nos números de casos da doença, conforme o relatório da UNAIDS de 2015, programa das Nações Unidas sobre a AIDS. No entanto, no Brasil a realidade é contrária. A população infectada vem aumentando a cada ano, principalmente entre os jovens . Isso se dá pela banalização da AIDS pela população brasileira, transformando essa doença em algo comum, sem importância médica. Esse tipo de pensamento é causado pela autoconfiança das pessoas e pelo próprio avanço nos tratamentos médicos. Os jovens dos dias atuais não conviveram com o terror que a AIDS causava nos anos oitenta, ver pessoas famosas e conhecidos próximos com diagnóstico positivo naquela época era sinônimo de sentença de morte em pouco tempo. Hoje, com os tratamentos antirretrovirais eficazes no controle da doença, é possível certa qualidade de vida às pessoas soropositivas. E este é o pensamento de muitos jovens e adultos, que se ocorrer a contaminação basta usar os medicamentos que não haverá mais qualquer comprometimento. No entanto, o tratamento da AIDS não significa a cura da doença, é apenas uma forma de controlá-la. Além disso, a autoconfiança das pessoas em relação a AIDS é extremamente preocupante, pois ela ainda é encarada como a doença do outro e que nunca serão infectados. Dessa forma, muitas pessoas não se preocupam com a profilaxia da doença, não tendo o mínimo cuidado em evitá-la, como por meio do uso de camisinha durante as relações sexuais. É válido lembrar que muitos portadores, por causa dos tratamentos, não aparentam ter o retrovírus, causando uma situação de incerteza em relação ao parceiro, pois alguns portadores nem sabem que são soropositivos. Causando a infecção de mais pessoas. A banalização da AIDS, nos dias atuais é a causa do aumento nos números de infectados. Portanto, é preciso voltar a conscientizar a população que essa é uma doença grave, sem cura e que, sem tratamento, pode levar a morte. Portanto, é necessário que todos os brasileiros se envolvam e se empenhem em combatê-la, a começar pelos Poderes Públicos, com campanhas conscientizadoras mais eficazes, distribuição de preservativos a todas as populações, não apenas as mais vulneráveis. Além destes, as escolas, por meio dos seus temas transversais, poderiam trabalhar de forma mais enfática a Educação Sexual de seus adolescentes e jovens. E acima de tudo, cada cidadão ao prevenir-se. Portanto, apenas por meio da conscientização da população brasileira e da não banalização da AIDS é que poderemos obter o maior controle e diminuição nos casos dessa doença que infelizmente ainda destrói vidas no Brasil e no mundo.