Título da redação:

A aids e os preconceitos atrelados à ela

Proposta: A AIDS em questão no Brasil

Redação enviada em 05/10/2015

É notório o desenvolvimento de políticas públicas de prevenção e tratamento da aids no Brasil, fato que tem contrubuído para barrar o aumento de novos casos entre a população. No entanto, tais políticas públicas, infelizmente, ainda são ineficazes no combate ao preconceito que os portadores deste vírus, em especial portadores gays, travestis e prostitutas, sofrem na sociedade, visto que o HIV é constantemente associado a esses grupos, mesmo tendo sido pravado o contrário. Durante a década de 1980, o surto da aids assustou a comunidade internacional por sua letalidade e rapidez em que disseminou-se. Nesse período, grupos mais atingidos, como gays, travestis e prostitutas, tiveram sua identidade assossiada ao vírus e, desde então, sofrem preconceito de um grande número de pessoas, que muitas vezes atribuem novos casos da doença a esses grupos. Porém, sabe-se que o HIV é um vírus de ampla infecção que ataca o sistema imunológico independente do grupo social das pessoas, seja ele pouco ou muito vulnerável. Outro fator que agrava o quadro social da aids no país é o preconceito histórico com que a religião trata alguns grupos de pessoas, que até mesmo antes da epidemia do vírus da imunodeficiência eram, muitas vezes, relacionados aos males da sociedade. Indubitavelmente o fundamentalismo religioso tem provocado um efeito reverso nas políticas de prevenção da aids, pois ao tratar a doença como uma "consequência" do pecado acaba criando um tabu entre as pessoas, dificultando o conhecimento sobre ela, o que pode resultar em novas infecções. A aids ainda é tratada com receio nos meios sociais e isso tem contribuído para que as políticas públicas não apresentem os efeitos que poderiam apresentar em alguns grupos. Em decorrência disso, a comunidade religiosa, grande detentora de poder de persuação na sociedade, precisa desenvolver campanhas de combate a aids, como oficinas e palestras que visem informar, tanto a fiéis quanto à comunidade local, dos perigos da doença, bem como suas formas de prevenção, além de desassociá-la de determinados grupos, apresentando-a como uma doença que pode atacar qualquer pessoa, independente de seu grupo social. Para isso, as igrejas podem buscar apoio de ongs e da mídia para aumentar o alcance dos trabalhos de prevenção, atingindo todos os grupos sociais e, assim, contribuir para barrar, além da doença, o preconceito que ela carrega.