Na sociedade brasileira, que tem uma estrutura familiar patriarcal, tornou-se comum e aceitável a grande violência contra a mulher que, inúmeras vezes, termina em óbito. Segundo o Mapa da Violência, o Brasil ocupa a sétima colocação em níveis de feminicídio, entre oitenta e quatro países. Essa inaceitável situação foi fomentada pela falta de denúncias e de punições aos agressores, dessa forma, se faz necessário encontrar maneiras plausíveis de solucionar esse impasse. É necessário destacar que, no decorrer dos anos, a mulher vem conquistando seu lugar na sociedade, entretanto, apesar desses avanços, ainda é visível as raízes patriarcais, fazendo com que a figura do homem seja superior a da mulher. Mesmo que a Declaração Universal dos Direitos Humanos afirme que todos são iguais perante a lei, as mulheres ainda sofrem com essa disparidade de gênero, um fator que comprova isso é a grande quantidade de agressões à mulheres por parte de homens. Assim, o famoso sexo frágil é o qual suporta agressões verbais, físicas e até mesmo sexuais. Dentro de suas próprias casas, as mulheres tornam-se prisioneiras de seus companheiros, pois são ameaçadas e intimidadas de tal maneira que o silêncio permanece e são incapazes de denunciá-los mesmo reconhecendo que há leis para protegê-las, como a lei Maria da Penha, que visa amparar mulheres vítimas de crimes domésticos. Vale ressaltar que desde a aprovação dessa lei, os feminicídios foram reduzidos em 10%, segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). "A sociedade depende das mulheres. Todas as nações que as isolem são insociáveis." Voltaire. Portanto, é necessário que a sociedade não isole as mulheres, e sim as proteja. Para isso, as escolas e as famílias, desde cedo, devem difundir valores positivos sobre as diferenças de gêneros, para que um aprenda a respeitar o outro. A mídia, como principal meio informativo, juntamente com as ONGs, deve agir por meio de propagandas e campanhas que visem incentivar as mulheres a denunciar casos de violência e informar sobre seus direitos e sobre as leis e órgãos públicos, já existentes, que poderão ampará-las. É fundamental que o silêncio das vítimas acabe o quanto antes, só assim os crimes de feminicídio chegarão ao fim.