Violência doméstica é todo tipo de agressão, seja ela física, psicológica, moral, sexual, entre outras, que ocorra em uma residência. No Brasil, o número de casos de assassinatos de mulheres, segundo a organização Mapa da Violência, aumentou no período entre 1980 e 2010. Nesse contexto de violência, os órgãos responsáveis pela segurança e justiça vêm atenuando suas fiscalizações e punições para que isso reverta-se. Infelizmente, o medo das vítimas, a falta de amparo judicial e conscientização dos agressores são problemas relacionados a essa questão. Assim, é necessário que estes sejam resolvidos para que a violência contra a mulher diminua no Brasil. O medo das vítimas de violência doméstica é um impedimento para que ocorram as denúncias. Estima-se que o número de agressões seja ainda maior já que há essa barreira. Muitas vezes, as ameaças dos agressores fazem com que, para a segurança dos filhos e da própria família, as vítimas aceitem as agressões. Em outros casos, a dependência financeira do companheiro também contribui para o impedimento das denúncias. Ademais, a falta de amparo judicial aumenta esse medo. Quando um agressor é acusado passa muito tempo em liberdade, aguardando o demorado sistema judiciário. Durante este período, ele em alguns casos volta a ameaçar sua ex companheira que pode encontrar-se sem proteção policial. Essas condições favorecem o surgimento do sentimento de insegurança na mulher, levando-a a desistir das denúncias e continuar a receber as agressões. Por fim, a falta de conscientização dos homens também contribui com o número de casos de violência. O homem com um pensamento patriarcal não aceita algumas mudanças como a contribuição das mulheres nas despesas da família, a existência de uma jornada de trabalho longe dos lares e necessidades de relações sociais. Isso gera os conflitos, que antecedem as agressões. Logo, para que o número de casos de violência doméstica diminua, é necessário delimitar o papel do governo e da sociedade. De início, cabe ao governo aumentar o número de pessoas responsáveis na área de segurança da mulher para que aumentem as fiscalizações, e também fornecer o amparo à vítima, para que ela dê continuidade à denúncia. Por fim, cabe à sociedade promover juntamente com a mídia, a conscientização dos agressores e da população em geral, nas escolas e empresas. Com isso, o quadro de violência contra a mulher terá mudanças positivas.