É possível afirmar que no Brasil, apesar da diminuição em 10% do índice de feminicídios nos últimos anos, milhares de mulheres ainda sofrem com a violência doméstica, tendo em vista não só parceiros possessivos e violentos mas também uma sociedade que inferioriza a mulher em detrimento do homem. Pode-se perceber que boa parte dos homicídios domésticos ocorrem no próprio lar da vítima, segundo dados do Ipea 40% dos casos são cometidos pelo próprio companheiro. Isso mostra que ainda há um forte conflito de gêneros na mentalidade e nas atitudes da maioria dos brasileiros, o que se reflete nos números preocupantes da violência doméstica. Convém lembrar ainda que vivemos em uma sociedade que coloca a mulher em um papel secundário, da esposa que cuida do lar e dos filhos. Pesquisas indicam que homens recebem em média 30% a mais no salário, mesmo que realizem as mesmas funções. Entende-se , a partir disso, que a própria sociedade tem sua parcela de culpa na criação desses ideais "machistas". O governo deve , portanto, investir em medidas como a Lei Maria da Penha, para que haja a devida punição dos agressores. Os cidadãos, por sua vez, precisam se conscientizar acerca do preconceito de gêneros, a fim de que seja possível a existência de uma sociedade mais igualitária.