Em uma das cenas mais famosas dos quadrinhos, o justiceiro homem-aranha flagra um grupo de homens prestes a assassinar uma jovem. Indignado, o herói ataca os bandidos, salvando a atriz Mary Jane. Fora dos gibis, a violência contra a mulher é uma realidade no Brasil, onde tradições machistas tornam as mulheres reféns da violência verbal e sexual, causando eventualmente sua morte, tornando necessárias mudanças para resolver a questão. Um questionário onnile feito pela Revista Época com oito mil brasileiras revelou que 99,6% delas já passaram por situações de violência com seus parceiros, além de assédio nas ruas. Tal dado confirma a banalização do feminicídio no Brasil, que ofende a vítima e evidencia a desigualdade de gênero existente no país. Ademais, o alto índice de intimidação às mulheres é usado para justificar o estupro, pois tais atitudes criam uma imagem dessas como objeto sexual e legitimar a invasão de sua privacidade e liberdade pelos homens. Contudo, caminhamos lentamente em direção a uma solução para o problema. Apesar da violência contra a mulher ser crime, muitas pessoas não denunciam seu agressor, por medo de terem sua identidade revelada ou por ameaça do malfeitor. Além disso, a perpetuação de valores machistas, por meio da banalização da brutalidade contra as mulheres, acaba fortalecendo a intimidação ao gênero feminino. Portando, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em parceria com o Ministério da Justiça, a polícia civil deve criar uma ouvidoria pública onnile para receber denúncias anônimas contra violência à mulher, investigando as alegações e punindo os agressores de acordo com a lei. Além disso, como disse o filósofo Immanuel Kant ‘’ o ser humano é aquilo do que a educação faz dele’’. Assim sendo, o Ministério da Educação deve instituir palestras nas escolas públicas, ministradas por professores e psicólogos , que discutam a igualdade de gênero e a importância do respeito com os demais, com o fito de interromper a perpetuação da cultura da violência à mulher.