As mulheres sempre foram consideradas menores, inferiores e submissas economicamente, culturalmente, politicamente e intelectualmente em relação aos homens, antes da década de 30 elas eram vistas apenas com o genitoras e escravas domésticas, desde essa época esse papel mudou diante de alguns direitos adquiridos, como o direito ao voto, conquistado na Era Vargas. Apesar da mudança do papel feminino no Brasil contemporâneo, a estrutura social brasileira ainda apresenta as marcas de opressão para com as mulheres, tanto que mesmo com a criação da delegacia da mulher em 1985, no período entre 1980 e 2010 mais de 92 mil mulheres foram assassinadas, sendo 43,5 mil só na última década, segundo o Centro Judiciário da Mulher em Situação de Violência Doméstica do TJDFT. Além disso, depois da criação da Lei Maria da Penha, que cria mecanismos para cobrir a violência doméstica e familiar contra a mulher, até março de 2011, mais de 332 mil processos abrangendo essa lei chegaram em juizados e varas especializadas em violência doméstica, no entanto, 70% dessas foram arquivadas por desistência da vítima. Ademais, cerca de 71% das mulheres, participantes de uma pesquisa feita no Rio pelo projeto Via Lilás, que afirmaram ter sofrido algum tipo de violência não denunciaram seus agressores. O feminicídio não é um problema só das mulheres e sim uma questão social, de direitos humanos e saúde pública. Diante dos fatos mencionados, ações para acabar com o problema precisam começar desde já, visto que o machismo está impregnado na sociedade brasileira é preciso mudar o caráter das gerações mais novas com aulas de igualdade de gênero nas escolas, desde as séries iniciais, é um processo lento e demorado, porém extremamente necessário. Demais, a falta de cumprimento das leis é outro fator que assombra as mulheres, portanto, as leis devem ser de fato efetivadas. Dessa forma, futuramente, será possível a existência de uma sociedade igualitária, justa e mais segura.