A violência contra a mulher é um tema cada vez mais debatido, mas, ainda, está presente no lar de muitas brasileiras e a agressão, por vezes, evolui para o homicídio feminino, chamado de feminicídio. Segundo dados do Mapa da Violência (2015) o Brasil ocupa a 7º posição no ranking mundial de mulheres assassinadas, valores baseados em dados fornecidos pela Organização Mundial de Saúde – OMS. Os altos índices de feminicídio são alarmantes, sendo assim, um problema de saúde pública e as raízes do problema encontram origem na formação das sociedades, tendo o homem como ponto central e que colocou a mulher em posição de inferioridade. O modelo machista de sociedade faz com que diversas mulheres não denunciem agressões sofridas por seus parceiros, segundo dados do Ministério da Saúde, são os companheiros responsáveis pela grande maioria dos casos de homicídio feminino. Além disso, outro fator que contribui para a não diminuição desses índices é a impunidade, vista e noticiada, nos meios de comunicação, onde mesmo a mulher agredida denunciando a autoridade policial pouco ou nada é efeito efetivamente para afastar o agressor ou proteger a vítima. Porém, no Brasil alguns passos foram dados para combater os casos de feminicídio, por exemplo, a aplicação de penas mais severas a agressores, com a promulgação da Lei Maria da Penha, em 2006, e a criação de delegacias do gênero para orientar a vítimas. Para diminuir o número de agressões e homicídios contra mulheres é necessário, portanto, um maior incentivo a denúncias e o poder público deve garantir que as denúncias sejam investigadas e os agressores condenados, além disso, campanhas educativas de conscientização, desde a mais tenra idade, sobre a igualdade de gênero, combatendo assim o modelo patriarcal difundido pelo mundo.