A violência contra a mulher no Brasil tem apresentado aumentos significativos nos últimos cinco anos. De acordo com a ONG Human Rights Watch, o femicídio no estado de Roraima cresceu cerca de 140%, chegando a ser três vezes maior que as estatísticas nacionais. É inquestionável a existência desse problema cada vez mais evidente na sociedade. É sabido que o Brasil ainda não conseguiu se desprender das amarras de uma sociedade patriarcal. Isso se dá porque ainda no século XXI há uma espécie de submissão incutida nas mulheres desde a mais tenra idade. Por consequência, crianças e jovens crescem com a ideia de que o domínio do homem é mais significativo. De tal forma, com a chegada da vida adulta muitas mulheres passam por brigas domiciliares que logo se agravam para o óbito. Ademais, há casos em que muitas delas sobrevivem, porém muitos transtornos psicológicos se estabelecem. Assim várias barreiras devem ser quebradas para que esse problema não exista, como as punições que não ocorrem devido à justiça deficitária, o medo de denunciar o cônjuge e as raízes históricas tão presentes na sociedade brasileira. Certamente, se essas atribulações não forem sanadas, as estatísticas subiram gradativamente. Dessa forma, medidas são necessárias para resolver esse problema. Devem ser realizadas em canais de circulação nacional, campanhas midiáticas informando a população sobre as estatísticas de femicídio, realizadas por assistentes sociais ou mulheres que sobreviveram à violência. O Poder Legislativo deve criar um projeto de lei que melhore a punição aos agressores, para que não haja tanta reincidência. E, por fim, deve haver a criação de um SAC conveniado a todas as delegacias voltado à mulheres em situações de extremo perigo de vida.