O feminicídio é o assassinato de uma mulher pela condição dela ser mulher. No Brasil, embora existam leis, como a Lei Maria da Penha e mesmo o Código Penal, que combatem esse tipo de violência, essas não têm sido suficientes, inclusive, em algumas regiões, o feminicídio tem aumentado. Dentre os fatores que contribuem para que esse crime ocorra apesar da existência de lei protetiva, é a ineficiência no momento da aplicação da lei e a inércia em denunciar o agressor. Considerando que o feminicídio é precedido de abusos físicos ou psicológicos, seria possível evitar grande parte desses crimes. Contudo, como a maioria dos abusos contra as mulheres ocorrem dentro da própria casa, muitas mulheres não denunciam o agressor quando as agressões se iniciam. Ou por não confiarem que receberão a proteção assegurada pela lei ou por não acreditarem que o agressor chegaria ao ponto de cometer assassinato. Fato é que o Estado não tem sido capaz de proporcionar proteção adequada às vítimas, mesmo existindo indícios que o feminicídio poderá ocorrer. Apesar de existirem proteção às vítimas na lei, na prática essa proteção fica aquém do desejável. Desse modo, as pessoas são levadas a crer que se denunciarem correrão mais risco, uma vez que não haverá proteção integral. Desse maneira, medidas devem ser tomadas a fim de se evitar mais vítimas. É essencial a integração entre os diversos órgãos do Estado nessa luta, entre eles a polícia, assistência social e saúde. A curto prazo, deveria elevar o número de policiais exclusivos para atender essas demandas, garantindo uma melhor proteção. Enquanto que a longo prazo, a prevenção através da educação e conscientização seria uma opção. Com atuação dos órgãos dos direitos humanos, da saúde, da assistência social e, mesmo do judiciário, esclareceriam às vítimas sobre seus direitos e aos agressores sobre as consequências de seus atos.