Engana-se quem pensa que a igualdade de gênero está presente no Brasil. A violência contra as mulheres é absurdamente maior do que a violência contra os homens. Isso surge a partir do pensamento machista que reina neste país, acompanhado da crença egoísta da suposta inferioridade da mulher. De acordo com uma pesquisa realizada pelo “Mapa da Violência” em 2012, somente entre 2000 e 2010 foram assassinadas 43,7 mil mulheres no Brasil, representando um aumento de 230% no número de homicídios. Isso indica, sem sombra de dúvidas, não só um retrocesso dos valores masculinos em relação à cidadania, mas também um crescimento surreal da ideia de hierarquia de gênero. Uma possível explicação parar o crescimento e persistência da violência contra a mulher é a solidificação do movimento feminista. A cada dia há mais pessoas lutando pela igualdade entre os sexos. E, paralelo a isso, há mais homens se dando conta de que podem perder sua “superioridade”. Sendo assim, muitos deles partem para a agressão, não só física, quanto psicológica e moral. Tendo em vista os fatos e argumentos apresentados, pode-se concluir que os casos de violência contra a mulher estão crescendo cada vez mais devido ao desejo egoísta do homem de permanecer “superior”. Para que possam haver reduções significativas nos números de violência contra as mulheres é necessário que o governo apoie a luta feminista não só com campanhas conscientizadoras quanto com a inclusão do ensino da igualdade de gênero nas grades escolares. Dessa forma, além das mudanças das opiniões dos homens em relação à agressões contra as mulheres, será possível a formação de meninos que acreditam na igualdade entre os sexos.