“a essência do homem é ser racional”; nem tanto. A história da sociedade mostra que o homem quase nunca usa de seu intelecto para resolver seus problemas, partindo para a selvageria. E como nas leis animais, o mais fraco apanha; no caso, as mulheres. A lei Maria da Penha, no Brasil, busca dar apoio às mulheres exploradas por suas fragilidades. Os números de abusos e homicídios tiveram uma ligeira queda e a voz da mulher brasileira aumentou, mas a quantidade de denuncias ainda toma proporções gigantes no departamento de proteção às mulheres. Segundo Hobbes, o contrato social deve existir para impedir o ser humano de praticar seus instintos violentos. Então, foi mudado na constituição o que deveria mudar na sociedade. Se houvesse melhor conscientização e educação contra a violência, não seriam requeridas leis para proteger aquelas “oprimidas por natureza”. No Brasil,a mulher violentada que divulga sua dor não deixa de ser ridicularizada em sociedade; até mesmo por mulheres, que, com o tradicionalismo em mente, deixam o movimento idealista escorrer pelo ralo. Isso também esta implícito na família. Os pais dificilmente dão a mesma liberdade a um casal; a menina é instruída a ser mais reservada enquanto o menino começa a criar asas com doze anos. Isso desenvolve o pensamento machista medieval. No qual a mulher não tem os direitos iguais por, simplesmente, ser mulher. Logo, num eventual casamento, o filho impedirá sua mulher de pensar e protestar contra seus comportamentos; o que seria impedido se, na infância, o menino tivesse desenvolvido um pensamento igualitário. O objetivo da lei Maria da Penha é proporcionar a igualdade dos gêneros. Mas isso só será concebido às mulheres com campanhas educacionais sérias, com alvo principalmente nas crianças(como disse Pitágoras: “eduque as crianças para não precisar punir os homens”). Um homem não teria coragem de violentar sua esposa se, em sua volta, houvesse uma sociedade que condenasse essa ação.