Nos últimos tempos, iniciou-se no Brasil uma discussão acerca de um tema importante na sociedade atual: o feminicídio. Nada mais é do que o assassinato de mulheres por questões de gênero, normalmente praticado por parceiros íntimos. Nesse contexto, as principais barreiras de seu combate são as escassas informações e as péssimas estruturas. Primeiramente, é importante destacar a gravidade da situação. O Brasil se encontra na sétima posição entre países com mais casos de feminicídio, na última década aproximadamente quarenta e quatro mil mulheres foram assassinadas, a maioria em ambiente doméstico. Nesse contexto, um grande problema do combate são as poucas informações veiculadas pela mídia sobre a questão, muitas mulheres, no caso de violência, não sabem as medidas que devem ser tomadas, o que pode dar espaço a constantes agressões seguidas de morte. Ademais, é preciso salientar que o país tem adotado políticas de combate que ainda não são totalmente eficazes. Dado como exemplo a Lei Maria da Penha e a recente Lei do feminicídio, que juntas tentam garantir à mulher a devida proteção à violência de gênero através da punição, cada vez mais severa, dos infratores. Porém, há falhas na aplicação destas leis devido à falta de estruturas de órgãos responsáveis por acolher as denúncias, como o acúmulo de processos na vara e o número reduzido de equipes na delegacia da mulher. É evidente, portanto, a necessidade de aprimoramento nas estruturas sociais e informacionais. Dessa forma, espera-se que o governo amplie os investimentos na área de atendimento a violência doméstica, com equipes maiores e órgãos mais ágeis nos processos jurídicos. É preciso ainda, que a mídia, através de campanhas publicitárias, conscientize a população feminina quanto a todos seus direitos.