Foi na Idade Média que se construiu as primeiras universidades, e a partir dessa época, inúmeros costumes foram sendo mantidos e acabaram com a alegria da aprovação: os trotes universitários. Defendidos por uns como um ritual de transição para a faculdade, os trotes geram desrespeito e agridem diretamente os alunos, agora vítimas. Frequentemente, a mídia evidencia notícias de estudantes que têm sua felicidade interrompida pelos trotes, que além de ferir os novatos, geram intimidações e constrangimento, contribuindo em alguns casos para o abandono do curso. A universidade que deveria ser espaço de conhecimento e integração social, como uma instituição que estimule o crescimento intelectual das pessoas, transforma-se em caso de polícia, um palco lamentável que acaba com sonhos. Segundo Paulo Freire, "a violência destrói a dignidade da vida e a liberdade do ser humano", e as agressões para com os novos alunos das universidades põe em xeque inúmeros direitos dos alunos, que antes de tudo, são cidadãos. Os veteranos aplicam os trotes nos novatos, estes serão veteranos no futuro, e acabam dando continuidade nesse ciclo vicioso, como uma vingança, que deve ser proibida. Portanto, é de suma importância que as universidades fiscalizem minunciosamente tais práticas e punam de forma enérgica os estudantes infratores, além da elaboração de leis civis que possam garantir as devidas consequências para os agressores e para as instituições que não interferem nessas práticas, só assim os trotes serão vistos como uma comemoração e não como uma forma de violência, produto de costumes veteranos.